O que há em comum entre o sertão paraibano e a França? Para o cineasta suíço Bernand Robert-Charrue, a musicalidade. Para ele, este é o laço que liga culturas tão díspares, por meio de uma linguagem em que somente os hábeis tocadores de acordeom podem compreender.
Com o documentário “Paraíba Meu Amor”, Robert-Charrue mostra um olhar fidedigno, sem as distorções típicas de estrangeiros. A produção foi exibida ontem (30/11), no Teatro Cidade do Saber, seguida de um pocket-show de Richard Galliano, figura constante na fita.
Na tela, as estradas, a vegetação seca e os bois, são vistos como itens fundamentais na formatação do forró, estilo que canta todas as alegrias e tristezas de uma terra marcada pela aridez, tanto de clima quanto de abandono político-social.
Na platéia, o público atento e silencioso, estava totalmente envolvido na mágica cinematográfica promovida pelo suíço. Do mesmo modo, foram envolvidos pela suavidade dos foles de Galliano, que com muita maestria, dedilhou canções em seu acordeom.
No final, Robert-Charrue e o diretor de fotografia Henri Guareshi, responderam as perguntas do público. E depois de muitos elogios e aplausos, Charrue se despediu prometendo lançar outras produções suas no Teatro.
Apesar de perceber que os espectadores aprovaram a película, na qual viram a cultura nordestina ser retratada de maneira tão fiel, o cineasta declarou: “Humildemente, peço desculpas por qualquer deslize que eu tenha cometido neste filme”.
Daniel Quirino / Ascom Cidade do Saber
Valeu apena ver o filme Paraiba Meu Amor.
ResponderExcluirÓtima fotografia, e muita emoção ao ver o cotidiano do nordeste..
O cinesta teve muita sensibilidade e um carinho especial pela nossa cultura...
Espero que o cinesta Suiço, Bernard Robert Charrue continue com novos projetos mostrando nossa cultura na Europa e no nosso proprio pais.