Atores em total simbiose com bonecos, fazendo ao mesmo tempo, o papel de alma e consciência desses autômatos; Escadas metálicas, fitas e cordas vindas do teto: Elementos que dão o clima belamente estranho, totalmente fora dos padrões convencionais de um cenário comum; Perfeitas transições de luzes, representando a passagem do tempo, em um panorama que beira o surreal. Além disso, a poesia da peça em si, transbordando nos textos e na atuação.
Assim foi a apresentação de Peer Gynt, da Cia Pequod Teatro de Animação, que esteve no Teatro Cidade do Saber (dia 12/07/2010), através do programa BR de Cultura 2009/2010, patrocinado pela Petrobrás e pela Lei de Incentivo à Cultura (conhecida também como Lei Rouanet) do MinC.
Os que estavam presentes, sentiram toda a mágica da montagem, na qual o elenco usa a técnica de manipulação direta de bonecos, sem auxílio de luvas, varetas ou fios, fundamentada a partir da arte de representação Bunraku (Ver detalhes em http://pt.wikipedia.org/wiki/Bunraku).
O público emocionou-se ao presenciar de perto, toda a saga de encontros, desencontros e devaneios de Peer Gynt, personagem-título deste clássico do teatro moderno, moldado a partir de contos nórdicos tradicionais. A Cia Pequod, dá um sabor ainda mais onírico à história, ficando a sensação de sonho em tempo real acontecendo bem diante dos olhos. A obra, escrita pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, foi publicada originalmente em 1867, em Copenhague, capital da Dinamarca.
A Cia Pequod é atualmente, uma das mais importantes companhias de teatro com bonecos do país. A peça, recebeu duas importantes indicações ao Prêmio Shell de Teatro (Melhor Direção e Melhor Cenografia), além de ter sido considerado pelo jornal O Globo como uma das dez melhores peças teatrais do ano de 2006.
Logo após a apresentação, os artistas/manipuladores travaram um divertido e interessante bate-papo com um grupo de educandos do Curso de Teatro da Cidade do Saber. Assista ao vídeo:
Infelizmente ainda não consegui ver essa peça, que foi a primeira deles que me chamou a atenção... mas pelas outras 4 que já vi, mas você descreveu muito bem a sensação que o trabalho deles me passa: "um sabor onírico, ficando a sensação de sonho em tempo real acontecendo bem diante dos olhos".
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